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Vale a pena ter blog? 4 razões para não ser criador de conteúdo apenas em redes sociais

Vale a pena ter blog? 4 razões para não ser  criador de conteúdo apenas em redes sociais
Renata Marques
abr. 30 - 11 min de leitura
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A forma mais simples de iniciar como criador de conteúdo é, inquestionavelmente, iniciar uma conta em uma rede social e fazer a primeira postagem. 

Muitos criadores, inclusive, desenvolvem a uma carreira incrível dessa forma. Mas você já parou pra pensar nos riscos de construir um negócio que funciona exclusivamente em uma rede social?

Neste artigo eu vou te mostrar se vale a pena ter blog e 4 motivos pelos quais é importante não investir todo seu tempo e energia em um negócio que não é só seu.

 


 

Influenciadores e redes sociais: A escolha óbvia

Pessoas são seres sociais. Todos queremos nos conectar com pessoas. Sejam aquelas mais próximas de nós, família e amigos, ou aquelas a quem admiramos pelo que são ou compartilham.

Esse é um dos grande fatores que nos faz gastar horas de nossas vidas rolando os feeds de redes sociais. E é por isso que esses sites e aplicativos têm crescido tanto desde 1995, quando surgiram pela primeira vez. 

Some a esse fato a facilidade de criar um perfil nas redes sociais.  E é por isso que a profissão Influenciador Digital encontrou seu caminho tão facilmente nas redes sociais.

Com apenas alguns cliques qualquer pessoa já pode começar a compartilhar conteúdo por ali. Dá pra se tornar criador de conteúdo sem nenhum conhecimento técnico.

É fácil, rápido, democrático e, ao mesmo tempo, arriscado.

 

Riscos de ser um criador de conteúdo apenas em redes sociais

Embora seja tecnicamente simples começar, existem alguns riscos envolvidos em criar conteúdo exclusivamente em redes sociais.

O ponto mais importante a se considerar é que o influenciador está construindo todo seu império em um terreno que não é seu.

E por que isso é um problema?

Existe um grande vilão por trás de tudo isso: falta de controle sobre os rumos do seu negócio. 

Separei 4 fatores pelos quais você não pode ficar apenas na mão de Zuckerberg ou do Douyin.

 

1) Redes sociais vem e vão

Você se lembra do Orkut? Mesmo sendo filiada ao Google, a rede social foi desativada em 2014, depois de 10 anos no ar. 

Fonte:  Captura de tela de www.orkut.com ,Google 

Certo, Renata, sites vem e vão. E qual o problema disso?

Quando uma rede social se vai, leva consigo uma quantidade imensurável de conteúdo. Fotos, vídeos e textos que muitas vezes são publicados exclusivamente nas redes simplesmente são perdidos por completo quando os sites saem do ar.

Mais que isso. Muitos negócios vão junto também.

Imagine quantos pequenos negócios, como lojas de roupas ou doces, que têm sucesso há anos expondo seus produtos exclusivamente nas vitrines do facebook ou Instagram poderiam deixar de existir.

E aí, criador de conteúdo, o que aconteceria com tudo que você produziu nos últimos anos se Mark Zuckerberg resolvesse tirar o facebook e Instagram do ar AGORA? 

 

2) Você nunca conhecerá exatamente o mecanismo por trás de uma rede social

"Socorro, ninguém mais interage nos meus posts do Instagram!" ou "Me ajuda, gente, ninguém mais vê meus stories". Essas são reclamações comuns nas comunidades de creators que eu participo.

É meus caros, a verdade é que o algoritmo das redes sociais sempre será um mistério. 

Por mais que a gente tenha pistas de estratégias que funcionam melhor, horário ideal de postagem ou conheça algumas formas de aumentar o alcance, aceite uma coisa: você não está no controle.

Você pode ir de 1 mil para 100 em stories de uma semana para outra. (Sorte sua se isso não acontecer exatamente quando você fechou uma parceria).

 

3) Conteúdo nas redes sociais dura pouco

As redes sociais foram criadas para favorecer conteúdos mais recentes. Por isso, aquele post incrível que você publicou no feed do seu Instagram e que foi um sucesso, vai cair no esquecimento em breve.

Alô, influencers de viagens, ninguém planeja viagem rolando 3.000 fotos do feed do Instagram. Dicas são legais e algumas pessoas até salvam pra ler depois. Mas normalmente, isso acontece quando a pessoa já tem uma viagem em mente. Pelo menos, pra mim, seria inviável salvar todo o conteúdo bacana de todos os destinos que quero visitar.

O natural é que seu conteúdo só seja visto e lembrado nos primeiros dias. (Eu ia dizer horas, mas achei que você poderia ficar chocado, então resolvi amenizar).

instagram redes sociais

 

4) As redes sociais não são muito pesquisáveis

Você pode até usar a lupa para pesquisar conteúdo em um grupo do Facebook, usar o Pesquisar do Instagram para encontrar restaurantes legais para visitar em um destino ou buscar por localização ou hashtags. Mas vamos combinar, não é o melhor lugar para pesquisar informações precisas, certo?

E é exatamente por não ser pesquisável que o conteúdo das redes sociais "some" com tanta rapidez. 

 

Como minimizar os riscos de ser criador de conteúdo em redes sociais

Antes de continuar, quero te dizer: as redes sociais são excelentes formas de divulgação e muita gente tem um sucesso impressionante com ela. Nós vimos uma profissão ser totalmente criada por causa das redes sociais.

Mas é importante que o criador de conteúdo tome alguns cuidados para não ser tão fortemente impactado com as mudanças constantes que as redes sociais passam.

 

Guarde o conteúdo que você produz

Esse é um ponto importantíssimo e eu vejo pouca gente adotar: Guarde com carinho o conteúdo que você cria.

Se textos, imagens e vídeos que estão nas redes sociais são o seu trabalho, você deveria cuidar melhor dele. 

Já imaginou se alguém rouba a sua conta do Instagram e deleta TUDO? Você teria que recomeçar do absoluto zero?

Então, lição de casa: abra sua rede social e comece a fazer uma cópia de tudo que tem por ali. Num bloquinho de notas, que seja. Minha sugestão é enviar o conteúdo por email ou salvar um documento de um editor de texto, por exemplo.

Sempre que possível, eu primeiro escrevo em um documento no Google Docs e só depois publico nas minhas redes sociais.

 

Seja um Early Adopter das novas redes sociais 

Early adopter é uma expressão em inglês que representa aqueles entusiastas que gostam de experimentar novidades, especialmente as relacionadas à tecnologia.

E nós, como criadores de conteúdo, temos que ser um dos primeiros a vasculhar novos terrenos, especialmente se o seu público alvo está presente na nova plataforma.

Acompanhe as tendências e leve seus seguidores e fãs para outras redes sociais. Eduque-os a utilizar a nova rede, instigue a curiosidade e ofereça conteúdos diferentes nas plataformas.

Afinal, se você apenas replicar o seu Instagram na nova rede social, porque a pessoa vai te seguir em dois lugares diferentes pra ver a mesma coisa?

Por exemplo, os inscritos do meu canal de viagem do Telegram têm acesso a conteúdos exclusivos, que não estão no meu blog nem no meu Instagram. Na minha newsletter do blog, eu faço reflexões mais pessoais.

Há quem seja fã de verdade e vá te seguir em todas as plataformas. Mas no outro extremo existem pessoas que irão te acompanhar em uma rede apenas. E está tudo bem, lembre-se que cada pessoa tem suas preferências.

 

Tenha o seu espaço na internet

Se você está mesmo levando as redes sociais a sério, como um negócio, talvez seja hora de ter seu próprio espaço na internet. 

Sim, eu estou falando de criar um site ou um blog.

E por que ter um blog é importante? Vale a pena porque é um espaço seu, sobre o qual você tem domínio e dita as regras.

Lembrei de um caso interessante… Você lembra que o Instagram testou um feed com 4 fotos por linha? Parece uma besteira né? Mas muita gente tem um feed do Instagram que é totalmente dependente da organização em 3 fotos por linha. 

"O Instagram não tem esse direito!"

Olha, sinto te dizer: o único lugar em que você dita as regras é em um espaço que for seu.

Claro que ao ter um blog você não está 100% imune às influências externas. Você também sofre com mudanças de algoritmos do Google, por exemplo. Mas é um tanto mais gerenciável.

 

Vale a pena ter blog em 2021?

Eu não apenas acredito que vale a pena ter um blog em 2021. Eu mantenho o meu desde 2009. E juro, não é por apego. :D

Além do fato de ter a sua casa na internet, que está sob o seu controle, ter um blog traz outras vantagens.

A maior delas, na minha opinião, é que o conteúdo é muito mais permanente

Por exemplo, no meu blog que é de viagem, tenho um artigo bem antigo, Como chegar em Fernando de Noronha. Veja só, quando ele foi escrito em 2009, o Orkut ainda estava vivo! 

Tirando algumas atualizações pontuais e melhorias que fiz, esse texto não demanda mais a minha energia.

Eu posso até incluir itens, trocar imagens, aplicar novos conhecimentos. Mas ele está ali há mais de 10 anos recebendo visitas diariamente.  E inclusive me gerando uma pequena renda.

E como as pessoas chegam nele? Quem planeja ir pra Fernando de Noronha certamente precisa saber como chegar. Muitos buscam essa informação no Google e acabam encontrando meu blog. 

De um lado, com o blog eu consigo trabalhar com diferentes formas de monetização, gerar autoridade e reunir o meu conteúdo. Do outro, através das redes sociais me conecto com os leitores, mostro meus serviços e atraio para o meu domínio, sempre que couber.

Um complementa o outro.

 

Diversificação: a chave do sucesso para o influenciador

A reflexão mais importante que eu gostaria de trazer com este artigo é: diversifique!

A presença nas redes sociais é importante, mas nunca permaneça nas mãos de apenas uma delas.

Além disso, guarde seu conteúdo com carinho e, se possível, tenha a sua casa na internet e use as redes sociais para gerar conexão com as pessoas e as convidá-las para te visitar.

 


Leia também:

Como escrever um artigo para blog

Por que você deve parar de usar o Linktree


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